quinta-feira, julho 19

Excerto

“Após o cansativo treino, Ruben fora o primeiro a entrar nos balneários para se lavar e vestir o mais rápido possível. Era hoje. Era hoje que Ruben e Tiago celebravam 1 ano de namoro. Um hábito considerado indispensável para alguns, mas para os dois era mais que um simples ano de namoro. Foi talvez o ano que passou mais rápido, e o ano em que Tiago realmente parecia feliz, com uma auto-estima elevadíssima, capaz de trepar árvores e subir montanhas só para explodir de emoção e gritar bem alto que agora sim, a vida fazia algum sentido. Ruben também sentia o mesmo, apesar de não poder comparar o seu novo visionamento face ao Mundo em que vivia com o de Tiago, pois sempre soube amar e ser amado, talvez não verdadeiramente como o de agora, mas não se podia pronunciar mais do que a solidão que Tiago passou.
Ruben sabia que os amigos e colegas estranhavam algo, mas não sabiam a razão. E essa razão tão bem escondida aguardava-o já há dez minutos no local de encontro. Ruben lavou-se e vestiu-se o mais rápido possível, atrapalhadíssimo e nervoso. Saiu dos balneários ainda em tronco nu, vestindo a parte de cima pelo caminho, à medida que ia correndo.

Enquanto isso, Tiago estava sentando no banco encostado à famosa fonte angelical, esperando que o seu precioso ‘segredo’ chegasse depressa para comemorar a sua razão de viver. Estava um pouco lamechas nesse dia, mas não conseguia evitar tal sentimento. Era inevitável. Sentia-se demasiado amado para deixar de ser lamechas, e queria estar muito com ele. Mas o maldito atraso de Ruben deixava-o um pouco enfurecido, não no mau sentido, mas deixava-o um pouco nervoso e com ideias de que Ruben não se lembrasse da comemoração de ambos, porque quando namorava raparigas nunca ligava a parvoíces dessas, acabando até por se esquecer metade delas. Estava agora pensativo, com os braços cruzados e a olhar para o infinito.
De repente, do nada, sentiu um arrepio ligeiro que atravessava o seu pescoço. Um toque ligeiro e suave passava lentamente sobre a sua face, como se fosse uma pena com um aroma familiar, atravessando agora para a orelha e depois para a nuca. Por momentos Tiago fechara os olhos e deliciava-se sobre aquele toque suave que desaparecera após um toque na nuca. Tiago abriu os olhos e virou-se para trás de rompante, assustado, sem saber o que era aquilo. Viu então que era Ruben à sua frente, de cócoras na pedra da fonte, segurando na sua mão uma rosa. Encaminhou-a para Tiago esbanjando um sorriso sincero, ao que este respondeu de volta com um sorriso idêntico levando a sua mão à de Ruben, segurando a rosa. Era a rosa mais bonita que já alguma vez vira, com um vermelho arrebatador, singelo e apaixonante ao mesmo tempo. Estava pasmado. Ruben levantou o queixo de Tiago já com uma lágrima no canto do olho e deu-lhe um beijo suave e puro, como o toque da rosa. Quando os lábios se separaram Ruben disse: ‘Obrigado’.

- Obrigado porquê? – Perguntou Tiago.

- Por dares valor à minha existência, por me amares, e por seres parte de mim, agora – Respondeu Ruben corando ligeiramente. Nunca tinha dito nada disto a um rapaz, notava-se um certo atrapalhamento."

7 comentários:

Mr. Placard disse...

^^

Andamos muito românticos?...

Dark Electronic disse...

Eu sempre fui um romântico...não correspondido =(

Mr. Placard disse...

Junta-te ao grupo!!! Vamos comer gomas para afogar as máguas? =P

Dark Electronic disse...

Não querias ocupar espaço no teu blog e vieste páki foi?? Hum???

Vocês deviam estar a encher-me de elogios por este excerto que fui eu que escrevi...mas pronto...sois uns envejeiros!!


(GOMAAAAAS)

Mr. Placard disse...

LOOL!

exacto, ando a saltitar =P


sim sim, gomassssssssssss =P

PS: parabens pela escrita, tens mto jeito, isso foi inspiraçao nas gomas? =P ele em vez de uma rosa podia oferecer um pacote de gomas!

Dark Electronic disse...

Não posso por gomas no livro, senão fico com ciumes da própria personagem =|

Mr. Placard disse...

LOOOOL

Olha, nao me arranjas uma personagem para mim? Um Tiago ou assim? =P