segunda-feira, agosto 21

Memoirs of a Geisha



O mais recente filme de Rob Marshall, depois de Chicago, chega-nos agora em forma de adaptação do livro 'Memórias de uma Gueixa' de Arthur Golden, que demorou 10 anos a escrever!

Para já devo confessar que ADORO a cultura japonesa. Tenho uma grande fascinação pelo Japão, pela sua arquitectura, modos de vida, cultura, arte, etc. Adorava poder viver lá uns tempos...

Anyway, o filme conta-nos a história de Chiyo de 11 anos que é separada da irmã e vendida a uma casa de gueixas. Lá é apenas uma escrava, um tipo de gata borralheira japonesa, que vai observando o mundo gueixa ao seu redor, os perigos, as travessuras, a ideologia, sofrendo ao mesmo tempo.

Depois de crescer até uma fase mais madura, Chiyo consegue finalmente entrar no campo de treino das gueixas e aprender todos os seus costumes e truques, juntamente com a sua mestre. Devo-vos dizer que há muito tempo que não via um filme tão espectacular em termos visuais e cinematográficos como este. Desde 'Moulin Rouge!' que não se via uma cinematografia de topo de gama, com cores tão acentuadas e cenas de cortar a respiração de uma ponta á outra. Os movimentos corporais dos actores acentuavam tão bem com a música e tão esplendorosos e calmos que faz lembrar a paz visual que havia em 'The Last Samurai'.

A música está perfeita, e concordo com todas as nomeações para óscares que teve e que não teve, nomeadamente na maquilhagem onde houve mais falhas. O branco na cara das gueixas não era muito branco, e os lábios não estavam pintados tão acentuadamente. Outra das falhas que este filme toma por certo nas suas duas horas de duração, é certamente o sotaque americano que os actores chineses usam. Steven Spielberg curiosamente disse que se fosse ele a realizar o filme, os actores falariam na sua lingua, com legendas em inglês. Mas certamente Rob Marshal quis 'hollywoodizar' o oriente. Mas ele está totalmente desculpado pelas breathtaking scenes que nos mostra. E o cuidado que houve em todos os detalehs possíveis. O argumento é que poderia ter sido melhor.

Todo o filme mostra a importância que as gueixas tinham naquele tempo, mostrando-se como um ícone japonês. Não eram prostitutas como muita gente pensa, eram mulheres da arte e do sensualismo. Eram belas e misteriosas, e acredito que tenham sido as primeiras a afirmar a atitude de bad chick que existe hoje em dia.

Resumindo: Um conto japonês americanizado, que não deixa passar fora nenhum costume oriental. Um pacífico romance dramático da vida das Gueixas nos anos 30 durante a 2ª Guerra Mundial. Certamente um dos melhores filmes de 2005, e um dos meus filmes favoritos.

O Melhor:
- O esplendor de cores, cenários e paisagens. Um mimo cinematográfico.
- Nunca deixa de perder o encanto

O Pior:
- O sotaque que a maior parte das vezes não nos deixa compreender o que os actores dizem.

Nota Final: 4.4/5

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